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A mostrar mensagens de junho, 2014

Serão boas contas quando não se mostram os números todos?

A Direção Geral das Artes anunciou no passado dia 12 de junho o primeiro Boletim Trimestral de Apoio às Artes (1), cujo objetivo é “reportar as atividades desenvolvidas pelas entidades artísticas apoiadas no âmbito dos programas de financiamento públicos em vigor”, a fim de “realizar uma análise evolutiva dos apoios e conhecer os impactos que provocam”. A iniciativa é louvada pela Plateia na medida em que ajuda a contribuir para que a área da Cultura seja aquela em que o apoio estatal a entidades privadas é dos mais transparentes e exemplares em Portugal. Todavia, ao folhearmos o boletim, não podemos de registar espanto por se terem omitido alguns números importantes. Onde está a indicação do montante total de apoios às artes? Onde está a indicação dos cortes no apoio às artes nos últimos anos - como os quase 23% de cortes em 2011 e 38% em 2012 - e que nunca foram repostos? Onde está a indicação dos vários concursos de apoio às artes que não chegaram a abrir? Onde está a indicação do

Para Portugal acabar de vez com a cultura no orçamento de estado

O Secretário de Estado da Cultura deu mais um bonito passo para concretizar a estratégia do governo de Pedro Passos Coelho, segundo a qual a Cultura é uma coisa muito bonita desde que seja a Europa a pagar.  É comovente ver como esta estratégia se desdobra em elaborados estudos que caucionam sempre a desafetação de verbas para a cultura no orçamento de estado. O sonho será, com certeza, um orçamento de estado que preveja apenas a remuneração do animador cultural - leia-se o Secretário de Estado - e dos mediadores e consultores que o rodeiam. Admirável Mundo!