FAQ's

O que é a PLATEIA?
A PLATEIA é uma associação privada que agrega mais de 100 estruturas independentes e de 300 profissionais das áreas do teatro e dança, de todo o país, e que se afirma como uma plataforma para a transformação positiva do setor das artes performativas aos níveis local, regional, nacional e europeu. 

Quem fundou a PLATEIA e quando foi fundada?
A PLATEIA foi fundada em 2004, na cidade do Porto, por dezenas de profissionais do setor que se reuniram precisamente com esse fim.
 
Porque é que a PLATEIA existe?
A PLATEIA existe porque é natural as pessoas - individuais e coletivas - associarem-se para lutar por objetivos comuns. A liberdade de associação foi uma conquista da Revolução de abril de 1974, tendo sido consagrada na Constituição da República de 1976. A PLATEIA existe tal como existem milhares de associações por todo o país; para que os seus membros possam em conjunto defender objetivos, interesses e sonhos que acreditam ser importantes para si e para a sociedade.
 
A PLATEIA é um sindicato?
Não, a PLATEIA não é um sindicato. Mas existe um sindicato no mesmo setor em que atua a PLATEIA. Chama-se CENA-STE e dedica-se, tal como todos os sindicatos, à defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores, na sua relação com as respetivas entidades patronais. Muitas vezes, a ação da PLATEIA cruza-se com a do CENA-STE; seja porque ao CENA-STE interessam também outras questões que afetam os profissionais do setor; seja porque as relações laborais também são uma preocupação da PLATEIA. Por isso, PLATEIA e CENA-STE procuram trabalhar de modo próximo, partilhando, sempre que adequado, preocupações, informação e iniciativas.
 
Como é que a PLATEIA funciona?
Tal como em todas as associações, são os associados, através da Assembleia-Geral,  que definem o funcionamento da PLATEIA, ou seja, que definem o que a PLATEIA deve ser a cada momento. Existe também uma Direção que gere a ação quotidiana da PLATEIA e um Conselho Fiscal que controla essa ação. Todos estes órgãos são compostos por associados. O exercício de funções nestes órgãos não é remunerado. Ao longo dos últimos anos - por opção das sucessivas direções - a PLATEIA funciona com um “orçamento zero”, o que quer dizer que desempenha a sua missão sem realizar despesas e receitas.
 
A representatividade da PLATEIA está associada a alguma zona específica do país?
Estatutariamente a representatividade da PLATEIA não tem qualquer limite geográfico. Mas a sua matriz histórica - uma reunião no Porto - levou-a a crescer a partir dos profissionais desta cidade, alargando-se logo a seguir, a origem dos associados, à zona metropolitana e depois à região norte. Terá sido assim, imaginamos, por o associativismo implicar, obviamente, uma relação de confiança e consenso, que, pelo menos no início do século, seria mais fácil de estabelecer nestes termos; importa não esquecer que quando a PLATEIA surge, não existia mais nenhuma organização do género em Portugal. Portanto nada impede, atualmente, que profissionais de outras regiões adiram à PLATEIA, como aliás tem acontecido. Deste modo, apesar de em sentido estrito a representatividade estar sobretudo associada ao norte do país - pela origem dos associados - a PLATEIA representa preocupações e luta por objetivos que julga serem comuns aos profissionais de todo o país.
 
Mas então o contexto geográfico e social deve ter condicionado a ação da PLATEIA?
Sim, nos primeiros anos a PLATEIA centrou-se bastante em questões fraturantes em termos de geografia, lutando pela correção de assimetrias regionais que descriminavam negativamente a generalidade das regiões portuguesas face à região LVT - Lisboa e Vale do Tejo. Mas entretanto, ao longo da primeira década do século, essa preocupação foi incorporada na legislação e nas opções políticas relativas ao setor, pelo que essa deixou de ser uma condicionante da ação da PLATEIA, que hoje desenvolve prioridades absolutamente consensuais dentro do setor.
 
Existem outras organizações como a PLATEIA em Portugal?
Sim. Existe também a REDE, fundada em 2004 (mesma data da PLATEIA) e que agrega estruturas da área da dança; e a PERFORMART, fundada mais recentemente, em 2016, e que integra estruturas de qualquer área das artes performativas. Distinguem-se também - entre si - pelo facto de a PERFORMART integrar não apenas organizações privadas - como as Companhias de Dança que integram a REDE - mas também organizações públicas, como teatros nacionais e municipais. Nesse sentido, uma originalidade da PLATEIA será, sem dúvida, o seu caráter híbrido, juntando profissionais e companhias, trabalhadores e entidades patronais, dança e teatro, artistas e técnicos, numa única organização.
 
Quem pode ser associado da PLATEIA?
De um modo geral quem exerça atividade profissional regular na área das artes performativas, seja como artista ou como mediador, por exemplo: dramaturgos, encenadores, coreógrafos, atores, bailarinos, cenógrafos, figurinistas, músicos, desenhadores de luz, artistas vídeo, técnicos, produtores etc.

Sou estudante. Posso ser associado da PLATEIA?
Os estudantes a partir dos 16 anos que frequentem ou tenham frequentado nos últimos 2 anos um curso na área das artes performativas podem fazer parte da vida activa da associação - assistir a Assembleias Gerais, participar em discussões e grupos de trabalho, receber todas as comunicações, etc. No entanto, os Associados-Estudantes não têm direito a voto. A partir do momento em que exerçam actividade profissional, deverão comunicá-lo à PLATEIA para que lhes seja atribuído o estatuto de Associado Individual.

Como posso aderir à PLATEIA?
Simples. Basta preencher e submeter este formulário.

Que custos tem ser associado da PLATEIA?
Tal como se explicou acima, atualmente a PLATEIA funciona com “orçamento zero” pelo que ser associado não tem qualquer custo de jóia ou quota.
 
Que vantagens tenho em aderir à PLATEIA?
A pergunta que preferimos é “Que vantagens temos em estar juntos na PLATEIA?” mas também podemos responder a esta: Quem adere a PLATEIA tem mais facilmente acesso à compreensão do modo de funcionamento do seu setor profissional e mais possibilidades de alterar esse modo de funcionamento.
 
O que é que a PLATEIA ganha em ter-me como associado? Que diferença faço?
Com cada novo associado a PLATEIA ganha em representativa, ou seja passa a representar mais uma pessoa; e quanto mais representativa for a PLATEIA mais “massa crítica” terá, ou seja mais capacidade de influenciar e transformar o mundo à sua volta. Finalmente, e em particular quando o novo associado está a iniciar a sua atividade profissional, a PLATEIA ganha mais mundo, torna-se mais do seu tempo, mais solidária e mais capaz de compreender os desafios do futuro. Portanto, a PLATEIA ganha muito e faz mesmo muita diferença.
 
E se quiser participar mais na vida da associação?
Ser associado já é um modo de participação. Para participar com mais intensidade, o melhor será contactar a direção da PLATEIA, para definir o modo mais adequado de conjugar a disponibilidade, interesses e competências do associado com os planos de atividades aprovados (ou a aprovar) em Assembleia-Geral.
 
Se aderir à PLATEIA posso aderir na mesma a outras organizações?
Claro que sim, desde que seja uma pessoa coletiva pois, ao contrário da PLATEIA, a REDE e PERFORMART apenas têm associados coletivos. Em geral, integrar uma associação não impede um cidadão de integrar outra, a menos que os objetivos fossem conflituantes, o que não é de todo o caso

E se depois de entrar, quiser sair da PLATEIA?
Simples. Basta sair. E para sair basta dizer-se, por escrito, que se sai. Mas antes de sair, vale sempre a pena tentar mudar a organização por dentro, para que ela se aproxime do que parece certo a cada um. Mais do que isso, a maturidade associativa, deverá implicar também uma aprendizagem do convívio com a diferença de opiniões já que a plataforma de consenso exigida pelo associativismo não implica unanimismo; portanto podemos não concordar com uma decisão, prioridade ou estratégia da PLATEIA (definida pela Assembleia-Geral ou pela Direção), sem que isso coloque em causa a pertença à associação. Porque o associativismo é eminentemente um exercício de democracia.
 
O que é que a PLATEIA tem feito, por exemplo, nos anos mais recentes?
As atividades mais longas e trabalhosas dos últimos anos foram a defesa de um novo modelo de apoio às artes que mantivesse a criação artística no centro do seu paradigma, a luta por um modo mais justo de encaixar o Apoio às Artes no Orçamento de Estado e a discussão e implementação do Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura. Todas estas atividades implicaram muito tempo, muita reflexão, muito estudo, muita redação de documentos, muitas reuniões (com o governo, com deputados, com outras organizações do setor), muitas ações de comunicação para o exterior e, para o seu sucesso, foi imprescindível a participação ativa dos associados.