Ao longos dos últimos anos, as organizações representativas do setor da cultura têm sido constantemente chamadas a assumir o papel de comentadores ou oráculos: comentadores quando os Ministros cessam funções e oráculos quando são nomeados. Esta semana não foi exceção: O que pensam da demissão do Ministro? Que futuro adivinham na nomeação do Ministro? E por entre estes folhetins – com bofetadas e tudo - constantemente escapa o que interessa: Sr. Primeiro-Ministro, que papel entende dever ter a cultura e a criação artística no desenvolvimento do país? Sr. Primeiro-Ministro, como se propõe a defender o modelo nacional de Apoio às Artes, nomeadamente o Apoio Direto à Criação e Produção? Sr. Primeiro-Ministro, não acha que já era tempo de acrescentar aos indicadores que obcecadamente tentam medir o impacto económico das artes, indicadores que possam medir o seu impacto cultural e intrínseco? Sr. Primeiro-Ministro, já reparou que o seu orçamento para a cultura se assemelha demas