Respostas dos deputados do Partido Social Democrata
Na sequência das questões colocadas, na semana
passada, a PLATEIA recebeu respostas de dois deputados ao Parlamento
Europeu, ambos do Partido Social Democrata.
José
Manuel Fernandes, que integra o comité para o orçamento, anunciou o
seu voto positivo (em 5 de novembro) quanto ao relatório provisório
relativo ao quadro financeiro da UE para 2021-2027. Trata-se de uma
boa notícia já que aí consta um importantíssimo reforço
orçamental do Programa Europa Criativa.
Fernando
Ruas, que integra o Comité para o desenvolvimento regional,
esclareceu que o relatório provisório elaborado pelo deputado
Andrea Cozzolino, relativo aos fundos de Coesão 2021-2027, ainda irá
sofrer emendas pelo que só nessa altura poderá definir o seu
sentido de voto. Esclareceu ainda que a votação deverá ocorrer em
data posterior à inicialmente prevista (21/22 de novembro).
Recordamos que nesta votação se joga o âmbito e a importância da
cultura no projeto europeu, nomeadamente deixando de a restringir ao
património.
Infelizmente
não recebemos qualquer resposta dos dois deputados do Partido
Socialista que integram os comités em causa: Manuel dos Santos
(orçamento) e Liliana Rodrigues (desenvolvimento regional).
Assim,
e na tentativa de contribuir para a transparência do trabalho dos
nossos mandatários, pedimos aqui uma ajuda à deputada à Assembleia
da República Carla Miranda, eleita pela círculo do Porto e pelo
Partido Socialista, que talvez nos possa ajudar a saber o que se
passa em Estrasburgo.
Em
novembro e dezembro de 2018, são tomadas decisões vitais para a
cultura e para as artes no contexto europeu, entre os anos de
2021-2027.
Estas
decisões dizem respeito não só ao Programa Europa Criativa mas
também aos Fundos de Coesão e, de um modo geral, ao papel que a
cultura e as artes devem ter na construção do projeto europeu;
tanto mais que os princípios que condicionam estas opções acabam
por conformar também as decisões posteriores a nível nacional.
Ao
longo destes dois meses, a PLATEIA irá repetidamente contactar os
representantes portugueses nas instituições da União Europeia (e
os seus colegas de partido em Portugal), chamando a atenção para a
importância do que aqui se discute e permitindo a todos compreender
os termos em que os nossos mandatários votam.