De que tem medo a DGArtes?

Se o cenário dos Apoios Sustentados da DGArtes é tão idílico como o que pintou o Sr. Ministro da Cultura na última quarta-feira no parlamento, de que tem medo a DGArtes na demora na divulgação dos resultados do Teatro?

Tanto os resultados já divulgados, como a grande demora na divulgação dos resultados do concurso do Teatro têm ocupado as nossas reflexões e ações, tendo a Plateia reivindicado a necessidade de um reforço de verbas desde a primeira hora. Bem como questionámos, e ainda sem resposta, acerca da decisão de o reforço de verbas anunciado em setembro ter ido exclusivamente para a modalidade quadrienal, alterando o que eram as expectativas com que se fizeram as candidaturas e que basearam as decisões que as estruturas tomaram, e o próprio princípio de concurso público, transparente e justo como deveria ser.
Desde há uma semana que pedimos um reforço de financiamento para a modalidade bienal na mesma proporcionalidade com que foi feito para a modalidade quadrienal, o que é da mais elementar justiça, juntando a nossa voz coletiva à de outras pessoas e organizações.
Esta reivindicação é sensata, exequível e necessária!
Relembramos que só em 2022 está previsto que fiquem por gastar quase 140 milhões de euros do orçamento para a cultura. E se pode até haver razões para esta grande disparidade entre orçamento e execução, nomeadamente o período de 2022 sem governo, certamente será mais difícil de explicar porque não se utilizam estas verbas agora para reforçar todos os concursos na modalidade bienal.